Nestes tempos de pandemia pode acontecer de uma pessoa que não consumia álcool e drogas passar a consumir; porém, os especialistas sabem que os fatores de risco para desenvolvimento de problemas com essas substâncias durante a pandemia têm a ver com os chamados fatores de pré-disposição e vulnerabilidade da pessoa: indivíduos com algum tipo de transtorno mental, como ansiedade e depressão, ao entrarem em contato com a droga, têm mais dificuldade de controlar o consumo. Quando já apresentam a dependência antes da pandemia o cuidado tem que ser redobrado.
Em núcleos familiares hostis este consumo pode ser fortemente agravado em um momento de confinamento – a convivência forçada desgasta ainda mais os relacionamentos. Nestes casos, o risco de uma pessoa que, eventualmente, não tinha o padrão de comportamento de uso de álcool e drogas passar a ter.
A responsabilidade é de quem? Neste sentido precisamos ter claro que não cabe a um ente apenas. É um pouco do Governo, que pode e deve falar com as pessoas através de campanhas na televisão ou na mídia e reforçar seus locais de atendimento. A sociedade também tem seu papel, porque ao desconhecerem os malefícios da doença que é a dependência química e o alcoolismo, estimulam seu consumo, principalmente através das mídias, por meio de brincadeiras.
E finalmente, temos a família, que tem uma enorme cota de responsabilidade, não só neste período de confinamento. Ela tem um papel extremamente importante que é o de definir limites, já que na pandemia pode tudo, então o filho pode beber, pode usar drogas, pode dormir a qualquer hora, sem nenhuma rotina. Ou seja, quando a família autoriza mudanças de comportamento que podem trazer prejuízos a saúde torna-se a principal responsável pelo seu resultado. Pense nisso!