A pandemia pegou a todos de surpresa, e tivemos que nos adaptar, juntamente com nossas crianças a essa nova realidade, de uma forma rápida, sem nenhum precedente. Como houve uma mudança abrupta de rotina, muitas famílias não estavam preparadas e tiveram que lidar com ansiedade, medo, frustração e stress, foram colocadas à prova e tiveram que aprender a lidar com as emoções da noite pro dia.
Muitos podem imaginar que tudo estará resolvido com a reabertura das escolas, mas a verdade é que essa será mais uma mudança na vida das crianças. Depois de meses em casa, elas terão que voltar à rotina de acordar cedo, ficar boa parte do dia distante dos pais e a se relacionar fisicamente com professores e colegas em um cenário que ainda exigirá cuidados de prevenção ao vírus.
Neste momento o papel da escola é de relevante significado, pois vai acolher esta criança e trabalhar suas competências emocionais, que nada mais são do que “capacidades individuais que se manifestam nos modos de pensar, sentir e nos comportamentos ou atitudes para se relacionar consigo mesmo e com os outros, estabelecer objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas”. Apesar de já serem previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as competências não eram trabalhadas com os alunos de forma tão intensa como terão que ser neste momento.
Sentimentos como empatia, amabilidade, resiliência e imaginação criativa, terão que fazer parte à partir de agora. A grande vantagem é que as crianças estão em fase de desenvolvimento e por isso tem mais facilidade de adaptarem-se as mudanças.
Não dá pra fingir que tudo voltou ao normal e seguir com o planejamento do currículo escolar, teremos daqui pra frente que ter uma escola mais humana, tanto nas relações com os alunos quanto com as famílias e professores pois todos estamos vivenciando as consequências desta pandemia.